Quem lembra? Versão brasileira de 'A Dona' teve Suzy Rêgo e Daniel Boaventura como protagonistas
- Central Suzy Rêgo
- 5 de jun. de 2023
- 3 min de leitura

A novela mexicana A Dona, exibida nas tardes do SBT, teve uma versão brasileira antes de ganhar um remake no país latino. Gravada em 2010 com o título de Soy tu dueña, a trama é uma adaptação de La Dueña, de 1995, e produzida por Florinda Meza, a eterna Dona Florinda do seriado Chaves.
No Brasil, a trama ganhou uma versão protagonizada por Suzy Rêgo e Daniel Boaventura, produzida entre 2001 e 2002, pelo SBT. A novela foi a segunda do acordo entre Silvio Santos e a emissora mexicana Televisa.
A adaptação foi assinada por Henrique Zambelli, também responsável por Pérola Negra (SBT, 1998) e Maria Esperança (SBT, 2007). O escritor desistiu da carreira de novelista e, atualmente, se dedica ao tarô. "Não faço mais novelas, mas ajudo você a reescrever sua história de vida com o tarô", diz Zambelli em seu perfil nas redes sociais.
Veja abaixo 5 curiosidades sobre a novela:
1- Inicialmente, a versão brasileira de La Dueña se chamaria A Dona, como a mexicana. No entanto, para expressar melhor a história, a emissora brasileira decidiu mudar para Amor e Ódio. A trama conta a trajetória de Regina Villa Real (Suzy Rêgo), órfã desde criança e herdeira uma grande fortuna. Desde a morte dos pais, vive com a tia Berenice (Cléo Ventura) e a prima Laura Castro (Viétia Zangrandi), que sente inveja dela. Quando se mudam para uma fazenda da herança, as primas passam a disputar o amor de José Maria (Daniel Boaventura).
Regina, Laura e José Maria são equivalentes a Valentina (Lucero), Ivana (Gaby Spanic) e José Miguel (Fernando Colunga) da versão mexicana.

2- A atriz Patrícia De Sabrit havia sido contratada para protagonizar a novela. No entanto, a direção -- alegando que os mexicanos que davam pitacos na fase inicial de produção -- decidiu tirá-la do elenco após as primeiras gravações. A atriz chegou a declarar que seu desligamento acontecera porque havia recusado integrar o time de participantes do reality show Casa dos Artistas. A volta ao SBT aconteceu apenas dez anos depois, quando fez Amor e Revolução, em 2011.
A explicação dada era de que a trama precisava de uma heroína mais madura e altiva, enquanto Patricia passava uma postura de mocinha frágil. Para o lugar dela, foi escalada Suzy Rêgo, que é oito anos mais velha que a colega. Atualmente, Suzy está no ar como Patsy em Todas as Flores, na Globoplay.

3- Daniel Boaventura, escalado para viver o mocinho José Maria, tinha apenas papéis de menor projeção na TV quando conquistou o protagonista no SBT. O ator, nascido na Bahia, havia se destacado como o veterinário Alex no sucesso Laços de Família (Globo, 2000). Sem ter o contrato renovado após o fim da novela de Manoel Carlos, Boaventura foi recrutado para o trabalho na emissora de Silvio Santos.
4- Diferentemente de outras tramas da parceria entre SBT e Televisa, Amor e Ódio nunca foi reprisada. Embora tenha registrado bons índices de audiência quando foi exibida originalmente, a novela não chegou a ser selecionada para as reprises da tarde. Um dos motivos seria a classificação etária indicativa. A trama não tem a linguagem de comédia romântica como Pícara Sonhadora (2001) ou Pequena Travessa (2002).
5- Assim como Soy tu dueña, Amor e Ódio também contava com cenas de sexo. A novela mexicana tem cortes para a exibição nas tardes do SBT, fazendo com cenas quentes de Gaby Spanic fossem eliminadas. O teor caliente de Amor e Ódio está presente até na abertura da novela, com imagens de Regina (Suzy Rêgo) e José Maria (Daniel Boaventura) fazendo sexo no feno.
Fonte: QUEM
Comments